Em um dia de bloqueio criativo parei para pensar: qual será a fórmula que Deus usa para criar? Qual será o padrão para criar e recriar, e nunca perder a criatividade? Sim, padrão! Deus é Deus, mas Ele também gosta de padrões.
Observando ao meu redor, percebi que todos, sem exceção, somos uma mistura harmônica de traços da nossa família. Somos essa mistura de traços com uma boa dose de uma ‘arte autoral’, que é única. Algo surpreendente nisso tudo é que existem alguns elementos que nos fazem mais únicos, ao mesmo tempo em que somos similares aos nossos antepassados.
Percebi que aquilo que nos diferencia, é justamente aquilo que nos aproxima, pois ao mesmo tempo em que há padrões em cada um de nós, é dentro desses padrões que residem as nossas peculiaridades.
O que torna a América Latina, por exemplo, única? Uma possível resposta é justamente o fato de ela ser uma composição de características singulares, é a heterogeneidade que nela reside. É uma mistura que se faz da natureza com a cultura, da biologia com a antropologia.
Afinal, o que nos faz únicos? Me parece que é a capacidade de se inventar e reinventar a cada momento. Quando falamos naquilo que é criado, entenda-se no sentido de gênese, de ter sido dada a origem, de trazer à luz. A unicidade reside justamente no fato de termos sido criados, peças únicas e não padronizadas.
Numa mescla de antropologia com poesia – o que as separa? –, Clifford Geertz declarou que ‘todos nascemos com um equipamento para viver mil vidas, mas terminamos no fim tendo vivido uma só’. Sim, nós teríamos repertório suficiente para viver mil vidas, a criatividade que reside em nós nos capacita para alcançarmos o inimaginável, para emanar a essência que permanece (ainda) como substância velada.
Há, de fato, um propósito para cada pessoa, coisa, ou ser. Entretanto, o grande problema é quando nos fechamos em nossos próprios mundos, quando observamos as coisas sempre com o mesmo olhar. Abra os seus olhos para ver algo novo. Desperte a criatividade que há em você!
Walt Disney transformou um serzinho abominável para a maioria dos seres humanos em um personagem fofinho. Diz a lenda que o ratinho nasceu por acaso; o que antes era para ser um coelho da sorte, transformou-se em Mickey Mouse. Pois é, na Disney tudo começou com um rato. O improvável tornou-se provável. O louco confundiu o sábio.
Concluí que precisamos dar um novo sentido a algo que já existe, observar com uma nova perspectiva aquilo que já nos foi apresentado e, com certeza, chegaremos ao resultado criativo que esperamos. Não limite a sua criatividade, busque referências, olhe para as coisas ao seu redor. Há algo além do que os seus olhos podem ver.
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