Para quem deseja uma breve resposta, sem muitas indagações, esta seria: não, design não é arte.
A arte é subjetiva e pode existir por si só. O design nasce para um propósito específico. Obedece um conjunto de etapas importantes que serão delimitadas a partir do projeto definido. É pensado para produção em escala e deve sanar pontualmente uma necessidade.
Gostamos e acreditamos nesse raciocínio, mas gostaríamos de propor uma reflexão a partir de um segundo ponto de vista.
Quem nunca chorou ouvindo uma música ou se identificou com a narrativa ao ler um poema? A arte tem esse “poder” de despertar em nós um sentimento: amor, repulsa, estranheza, etc.
O design tem como foco principal gerar um desejo (sentimento) em um indivíduo e fazê-lo optar a consumir o produto da marca A ao invés da marca B.
Um exemplo são as enormes filas em frente as lojas da Apple em diversos países quando estão para lançar um novo iPhone. Não ouvimos falar de movimentações similares no lançamento de celulares de marcas concorrentes. Ou do fato da Harley Davidson vender mais acessórios da marca do que motos para aqueles que querem incorporar esse “estilo de vida”.
O design e a arte se assemelham (ou até se misturam) neste ponto, eles despertam sentimentos.
Mas é a partir deste mesmo sentimento gerado que o design e a arte se distanciam completamente, retornando cada um ao seu lugar de início.
A arte nos fazendo olhar para dentro e o design nos fazendo olhar para fora.
¡Hasta la próxima!
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