O que videogames e pílulas mágicas tem a ver com comunicação? Bom, a nossa geração foi e é fortemente influenciada por jogos de videogame.
Sentimos os efeitos desses games em nossas vidas e frequentemente comentamos sobre quando marcávamos gol no International Superstar Soccer Deluxe bloqueando o tiro de meta. Ou aquele dia em que zeramos Super Mario pela primeira vez. Você lembra?
Muitas vezes não nos damos conta, mas existe um planejamento de comunicação muito bem delineado para o mercado de games. O processo de criação dos jogos e das marcas, o desenvolvimento, o lançamento e a própria jogabilidade; tudo é pensado com fins específicos. Personagens criados especialmente para um público-alvo, campanhas publicitárias, material de merchandising; absolutamente tudo faz parte de um plano de comunicação bem mais amplo.
Com base na relação entre videogames, pílulas mágicas e comunicação, trazemos o último post da série sobre as perguntas-chave para um planejamento de comunicação. A pergunta de hoje é “Com que efeito?”, mas aqui no diário da LATINA já discorremos sobre todas as outras perguntas: Quem? Diz o quê? Através de que canal? A quem? De que forma? Em que contexto?
Então, as pílulas são várias, temos Pílulas Falantes da Emília, Pílulas de Nanicolina do Chapolin Colorado e até mesmo as famosas pílulas mágicas do Pacman. Na década de oitenta havia temores de que videogames fossem influenciar as pessoas a praticarem as mesmas coisas na vida real.
Em 1989, por exemplo, Kristian Wilson, que era CEO da Nintendo Inc afirmou o seguinte: “Jogos de computador não afetam crianças. Quer dizer, se o Pac-man tivesse nos afetado quando éramos pequenos, estaríamos todos correndo em salas escuras, mastigando pílulas mágicas e escutando músicas eletrônicas repetitivas”.
Bem… parece que ele não estava tão errado assim, não é mesmo?
Os primeiros estudos que analisavam os efeitos da comunicação surgiram no início do século XX. Na época, a comunicação era pensada como uma bala mágica cujos efeitos eram automáticos e 100% efetivos em todos os seus públicos.
Desde então, as pesquisas e teorias perceberam que alcançar o efeito desejado não é algo tão simples. A bala mágica talvez não seja tão mágica assim. Afinal, o ser humano é um tanto quanto complexo, não é mesmo?
Enfim, comprove-se ou não o impacto dos efeitos da comunicação nos receptores de uma mensagem, o fato é que, conforme explica Diego Monasterio, professor de Relações Públicas da Universidad Católica del Uruguay e da Universidad Argentina John F. Kennedy, um ato comunicacional ou discursivo pode nos impulsionar ao topo do poder ou nos enterrar num poço de lama.
Em outras palavras, devemos planejar e direcionar os efeitos de nossa comunicação para atingir determinados fins. Nós da Latina preferimos pensar que a comunicação de marcas é muito mais do que aquele sobrinho criando um logo ou fazendo posts nas redes digitais. Por isso perguntamos: qual é o efeito que você quer transmitir com a sua marca? Quais resultados você quer alcançar?
Para o bem ou para o mal, jogos continuam sendo lançados e as suas mensagens influenciando novas gerações. Sabemos que é impossível esquecer aspectos relativos às suas marcas. A primeira vez que encaramos ou vencemos chefões como o Mr. Bison (Street Fighter), o Açougueiro (Diablo), o Legion (Castlevania) ou o Bowser (Super Mario). Além disso, alguns nunca esquecerão do surgimento do Atari, dos jogos do Michael Jackson no Megadrive ou algumas propagandas no GTA.
Abre o jogo, você é um desses, né? Se o Super Mario não nos ensinou a consertar vazamentos, nós podemos resolver os problemas criados pela execução de uma comunicação mal planejada em sua empresa. ¡Habla!
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