O termo marca-país (nation branding) costuma não ser muito discutido no Brasil. A sensação é que marcas de governo estão distantes da nossa realidade como consumidores. Mas elas estão mais presentes no nosso dia a dia do que imaginamos.
Essas marcas estão presentes na publicidade governamental em revistas, televisão, filmes, placas, internet, flyers. São muitos os lugares em que as marcas de governo e o design relacionado a países aparecem, sejam no Brasil ou no exterior.
Quem não lembra do slogan “País Rico é País sem Pobreza”, vinculado durante o primeiro mandato de Dilma Rousseff (2011-14)? Foi naquele período, inclusive, que o Brasil conseguiu reduzir os índices de fomes e miséria, dando grande visibilidade ao Brasil no cenário internacional.
Marcas podem ser entendidas como um nome, termo, sinal, símbolo ou combinação dos mesmos, com o propósito de identificar bens ou serviços de vendedor ou grupo de vendedores e de diferenciá-los dos concorrentes (America Marketing Association).
Por sua vez, o termo nation branding, ou marca-país, costuma remeter à percepção que temos de um país e que pode ser representada por um símbolo. E dessa forma, percebemos que ao menos desde o governo Collor (1990-92), o Brasil adota novas representação visuais para as marcas de governo.
Parece que cada presidente deseja estampar “a sua cara” de Brasil, como mostra a imagem acima. Itamar trouxe o triângulo como referência ao seu estado natal (Minas Gerais). Fernando Henrique, entretanto, deu destaque ao trabalho realizado pela administração pública federal.
Lula e Dilma com um Brasil mais humano, com oportunidades e na luta social, algumas característica dos seus governos. E finalmente, Temer com um slogan mais genérico remetendo, contudo, à necessidade de retomar de forma prática a frase de nossa bandeira.
Para além das polêmicas envolvendo o nome e as declarações de Jair Bolsonaro, começamos a imaginar como será a próxima marca do governo federal.
Recentemente, o SBT do Silvio Santos ressuscitou e matou o slogan “Brasil: ame-o ou deixe-o” veiculado durante o regime militar. Hoje, para além de como será o próximo governo, também questionamos, como será a nova marca país? Será que o histórico do novo presidente eleito trará um slogan semelhante ao do regime militar?
Se características pessoais refletem uma marca de governo, imaginamos que o próximo presidente trará as cores do país e palavras de ordem em seu slogan. Haja vista os elementos gráficos utilizados durante a campanha, é provável que a nova marca de governo siga a mesma linha.
É possível que novamente vejamos uma marca com destaque ao patriotismo, à bandeira e às cores do Brasil. Prioridade ao verde e ao amarelo, sem deixar de lado o azul e branco da nossa bandeira. Além disso, o próximo slogan deve ser tão forte quanto “Ordem e Progresso” ou tão polêmico quanto “Meu Partido é o Brasil”.
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